terça-feira, 5 de março de 2013

Março e as voltas do Universo

Numa conversa com um dos meus melhores amigos no presente, companheiro de sessões de trabalho e das poucas saídas que ainda consigo ter, disse-lhe que Março era o mês em que o Universo se movia em vários sentidos, que tudo começava a encaixar.

Ele riu-se e perguntou se isso implicava a explosão do universo. Mas espero que a metáfora que utilizei seja a correcta. Com algumas coisas a assentar nos seus merecidos lugares, com o panorama geral em que todos nos encontramos, esperança não nos pode faltar.

Estamos num ponto em que é preciso lutar com afinco para conseguir o que dantes era mais fácil. Não há como fugir a isso. É preciso colocar todo e empenho e profissionalismo e tentar melhorar a cada dia que passa. Mas também é a altura da opinião. Com impacto, sem ruído e sem desviar do essencial.

Não é fácil num país de novelas, habituado a ficção e em que se misturam argumentos reais com desejos menos realizáveis. Daí que, destacar quem consegue ser mais lúcido nestes momentos é fundamental. Mais do que pegar em 4 ou 5 textos de vários autores, apontar um erro pelo passado de todos, e aplicar o copy-paste porque se irá ter projecção ao dizer o mesmo que todos, importa ser o mais verdadeiro possível.

A Blogosfera está inundada de blogs. Sigo alguns com regularidade e ainda não faço ideia do que temas irei abordar aqui. Se será actualizado com muita regularidade ou não. Gostava, mas não prometo. Espero que a maior parte das vezes escreva por aspectos positivos. Pelo amigo que conseguiu por o negócio a andar que tanto esperava, pelo colega que deu a volta e arranjou um emprego, por alguém que foi promovido. Felizmente, conheço imensa gente com muitas qualidade em Portugal.

Os jornais gostam de sangue, de falar do árbitro e não dos jogadores, da troca de piropos entre políticos do que da discussão de ideias, das empresas que fecham do que das empresas que abrem. Muitas vezes, por facilitismo, o que condeno. Contar sempre a mesma história é mais fácil do que perceber os detalhes. E se forem 3 passos normais, como quebra de vendas, falta de pagamentos, falta de salários e mais desemprego, é fácil. Muito mais difícil é perceber o que leva tantas e tantas empresas a sobreviver. E a levantarem-se.

E destaco as empresas porque atrás vão uma série de famílias, de comunidades, que fazem a vida ter sentido. E porque em Portugal, país com 90% de PME, precisa que se dê o real valor ao que de bom produzimos. Temos uma geração que estudou, que viajou, que está em permanente contacto com o primeiro mundo com a TV e velocidade de internet que temos e que acumula conhecimento. Muitos não conseguem cumprir aqui os seus sonhos e procuram no resto do mundo global. Alguns por necessidade, mas muitos porque são melhores profissionais do que o resto do mercado.

Nenhuma empresa alemã contrata um engenheiro português em relação a um alemão que não seja pelo factor qualidade e rendimento. Se não gostassem, se não estivessem perfeitamente satisfeitos, já teriam trocado. Dinheiro não é problema e eles contratam os melhores. Os nossos.

Espero que possa ajudar algum conhecido, que precise de ajuda em alguma área que eu já tenha experiência, porque faz-me sentir realizado. E temos de perceber que o mundo, hoje em dia, funciona melhor em equipa. Em rede. Podemos gostar ou preferir ser mais recatados, mas é esta a realidade. As redes sociais permitem um fluir de informação que ainda não estamos com capacidade de analisar o impacto que terá na vida de imensas pessoas, daqui a 1,2 ou 3 anos.

Agora, é altura de por mãos à obra. De esta geração movimentar-se. De perceber o que podemos fazer por todos nós, de valorizar (finalmente) o colectivo em vez do individual. Warren Buffet diz que o poder está na classe média, quer os políticos o queiram admitir ou não. Que se aproxima a era de que são as pessoas que realmente mandam. Os Estados Unidos não são Portugal, mas temos gente muito capaz e muito lutadora. Já é altura de termos um pouco de sorte também.

Assim, que haja inspiração para escrever. Desde a política ao vídeo divertido, do futebol ao trabalho, das ambições de uma geração à realização pessoal. Caso contrário, nunca vão descobrir este canto. :)

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