domingo, 21 de abril de 2013

O derby na capital portuguesa.

Assentar e escrever de forma regular não está a ser tarefa fácil. Um mês muito intenso, com um novo projecto quase a ver a luz do dia (fica para mais tarde), uma mudança nos horários, uma formação sobre e-marketing e o blog esquecido no canto. A ver se muda.

Ainda não sei muito bem que modelo escolher, se vários posts com temas diferentes, se apenas um com 3/4 temas. Não sei... Talvez um mix de tudo. O derby está quase a começar e ainda não sei se acabo o artigo antes do jogo começar, pelo que o melhor é ser este o único tema.

Este jogo é, a seguir ao jogo no Dragão, o de maior dificuldade para o líder Benfica. Jorge Jesus aprendeu imenso nas duas últimas épocas e este ano não cometeu o mesmo erro, rodando os jogadores, o que permitiu maior frescura e menor gap entre titulares e suplentes, como aconteceu no ano passado após o desastre de Guimarães.



É um facto que até a maioria dos portistas reconhece. Este Benfica está forte e está mais forte do que há dois meses atrás, onde teve uma série de resultados perigosos e onde podia ter descarrilado. Aguentou-se bem, tal como no início da época em que ficou sem Witsel, Javi Garcia e Luisão por dois meses e quase não perderam pontos. Um enorme trabalho táctico de Jorge Jesus a preparar os miúdos portugueses que ajudaram a equipa e a colocar Enzo Perez no meio. Uma época brilhante, até porque estão na final da taça e nas meias-finais da Liga Europa.

No entanto, o ano passado não foi apenas o cansaço dos jogadores. Foi o aspecto mental, foi os jogadores aplicarem-se muito mais na Champions do que nas competições internas que provocou o descalabro. Mais uma vez, JJ esteve bem em resolver este problema ao passar a mensagem de que perder a Liga Europa não é nenhum drama, a prioridade era a Liga. Bem, não o problema não foi resolvido. Foi adiado.

Nas próximas semanas, o Benfica e JJ podem ganhar tudo ou podem perder tudo. Ou ganhar apenas a Taça, que é fetiche de JJ. O cerco começa a apertar e a pressão vai ser enorme em cada jogo onde a bola não entrar cedo. Notou-se isso no jogo com a Académica, em que os últimos minutos de jogo mostraram péssima qualidade no futebol, apesar do coração e do querer.

O primeiro grande desafio chama-se Sporting, curiosamente uma equipa que parou o Porto na segunda volta e retirou dois pontos. Mas este Sporting é bem diferente do que jogou contra o Porto. E para melhor. Bruno de Carvalho foi eleito presidente. Foi para o banco em Braga e venceram no último minuto. Ele estava no meio dos adeptos, vibrou, festejou como todos os adeptos gostavam de ter festejado um triunfo numa época muito complicada para aqueles lados, resultado da gestão desportiva de Godinho Lopes.

Na jornada seguinte, nova vitória e novamente no último minuto.Alvalade explodiu e teve 15 dias para preparar o único objectivo que têm em prova: alcançar o 5.º lugar. E tudo ficou mais interessante na tarde de hoje. O Marítimo, o Rio Ave e o Estoril perderam e o Sporting com 3 pontos passa para 5.º lugar e salva a face após uma época desastrosa.



Este é o cenário no balneário leonino. Eu, como portista, acredito na vitória do professor Jesualdo na Luz, algo que ele fez várias vezes com o meu clube, sendo apenas parado no ano do túnel. A pressão para os lados da Luz está a chegar aos níveis mais perigosos, porque a meta está próxima e a ansiedade pode ser o último obstáculo a uma época de glória. Sim, infelizmente, o Benfica precisa de perder novamente o campeonato para a minha equipa ser campeã. Mas quantas vezes já fez isso? No legado de Vieira? Felizmente  várias.

P.S. Seja qual for o resultado, espero que não haja problemas no Marquês do Pombal. Em dia de derby, haver toneladas de pedras espalhadas pela rotunda pode ser uma arma muito perigosa.

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